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Posts Tagged ‘Curso de Jornalismo’

Capa do sítioweb Jornalismo - Prof. Gerson Martins

O sítioweb Jornalismo – Prof. Gerson Martins vai passar por uma reformulação geral, se adequará com as mais recentes tecnologias de publicação de textos e imagens e ainda terá atualização mais frequente. O objetivo do sítioweb, desde a primeira versão em 1998, é oferecer apoio aos estudantes de jornalismo como indicações de bibliografia, de portais na internet de interesse na área, notícias sobre jornalismo, indicação de eventos em jornalismo, fontes de pesquisa em jornalismo, além de oferecer fácil acesso às principais revistas e jornais em todo mundo.

Com o advento das redes sociais, protagonizada, principalmente, pelo Twitter, Facebook e Orkut, os blog’s foram deixados à margem. Muitos blogueiros que aderiram ao twitter não atualizam com a mesma frequencia o seu Blog. Esse fato também decorre das exigências de tempo para um texto mais longo e a possibilidade rápida e fácil para publicação de informações no twitter, principalmente pelo celular. A nova página de Jornalismo publicará as informações que seriam divulgadas pelo blog Redação Ciberjornalismo mantido pelo autor do sítioweb. Isso será possível graças ao novo formato para publicações, que facilitará a edição dos textos, das imagens e também do processo de publicação. A nova página na internet será um misto de portal e blog, com novo leiaut e com notícias publicadas de forma dinâmica.

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Prof. José Marques de Melo recebe homenagem da Unicap no 13º ENPJ

Por José Carlos Marques (Jornal Intercom)

Ao receber o título de Doutor Honoris Causa, outorgado pela Universidade Católica de Pernambuco, o Diretor Titular da Cátedra UNESCO de Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo, José Marques de Melo, advertiu a sociedade sobre o perigo de retrocesso institucional decorrente da mordaça imposta pelo Judiciário à imprensa brasileira.

Em discurso proferido no último dia 22 de abril de 2010, na cidade do Recife, o renomado professor declarou: “O revertério institucional decorrente da decisão do STF, declarando inconstitucional a lei de imprensa e abolindo, na seqüência, a obrigatoriedade do diploma para o exercício da nossa profissão, praticamente nos reconduz aos cenários que Luiz Beltrão vislumbrava no início dos anos 60, lutando pela formação universitária dos jornalistas. Mais grave ainda é a postura adotada pelo nosso Judiciário, arvorando-se como árbitro da liberdade de imprensa, amordaçando jornais e jornalistas, em todo o território nacional. Apesar da vigência do preceito constitucional que inibe o legislativo e coíbe o executivo para censurar a mídia, testemunhamos a profusão de sentenças judiciais que interferem no processo informativo, criando um ambiente emoldurado por grande perplexidade”.

O ato acadêmico da titulação ocorreu na solenidade de abertura do 13º. Encontro Nacional dos Professores de Jornalismo, dando início ao programa de comemorações dos 50 anos de fundação do Curso de Jornalismo liderado por Luiz Beltrão naquela universidade.

Formação dos jornalistas

Ao iniciar sua alocução, o orador defendeu a formação superior dos profissionais do Jornalismo, argumentando a partir da sua própria trajetória intelectual. “Há 50 anos cheguei a Pernambuco com uma idéia fixa na cabeça. Ser jornalista pleno e não um mero praticante do ofício, como eu me considerava naquela época. Tendo começado a improvisar reportagens e a exercitar artigos, em minha terra natal – Alagoas –, depois de um ano eu sabia fazer o trivial na redação do jornal diário em que exercia a profissão. Mas me considerava jornalista pela metade, porque aprendera ofazer, mas não detinha o saber. Ambicionando muito mais eu desejava conhecer os fundamentos do jornalismo, sua natureza, suas implicações sócio-culturais.”

Matriculado na primeira turma de jornalistas ingressantes na UNICAP, em 1961, José Marques de Melo formou-se em 1964, tendo percorrido intensa trajetória profissional, que o credencia para reiterar a “vigilância” permanente às novas gerações, tal como o fizera Rui Barbosa, há quase um século.

“A nossa posição na vida profissional deve ser exatamente a de vigilantes. Vigilantes para que as informações fornecidas ao público sejam verdadeiras e exatas, vigilantes para que elas sejam dotadas de honestidade e respeito à dignidade humana”.

Consciência crítica

Alertou, especialmente os jovens, para aquelas pressões exercidas pelo poder econômico: “Ao lutar pelo desenvolvimento que dinamiza a melhoria das condições de vida na sociedade, compete ao jornalista discernir o que interessa soberanamente ao povo brasileiro, precavendo-se em relação às pressões do poder econômico, inclusive dos grupos exógenos, hoje rotulados como empresas multinacionais.”

Finalmente, convocou os jornalistas brasileiros a resgatar a lição proferida por Luiz Beltrão, ao publicar em 1960 o livro clássico Iniciação à Filosofia do Jornalismo, fruto da sua experiência como jornalista atuante na imprensa nacional e observador crítico da imprensa mundial.

“Como expressiva parcela do povo o jornalista não deve permanecer passivo diante dos problemas, limitando-se a expô-los ou  criticá-los leviana e inconseqüentemente. A  sua posição é de um efetivo participante da elaboração do Direito, da luta pelo desenvolvimento constante das condições econômicas e sociais das comunidades a cujo serviço se encontra, de contribuinte na obra de entrosamento dos cidadãos na vida política da nação, de colaborador permanente na tarefa da paz e do entendimento entre todos os povos do mundo.”

História de vida

José Marques de Melo é jornalista profissional desde 1959, quando começou a trabalhar na imprensa alagoana, prosseguindo nos jornais da cidade do Recife e finalmente atuando na mídia nacional instalada em São Paulo. Dedicando-se particularmente ao ensino e à pesquisa, foi o primeiro acadêmico brasileiro a conquistar o título de Doutor em Jornalismo. Docente fundador da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, tem mais de 50 livros publicados, dentre eles Teoria do Jornalismo (Paulus, 2006), Jornalismo, forma e conteúdo (Difusão, 2009), Jornalismo, compreensão e reinvenção (Saraiva, 2009) e Gêneros Jornalísticos no Brasil (Metodista, 2010).  Colunista da revista Imprensa, exerce atualmente o cargo de Diretor Titular da Cátedra UNESCO de Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo. Recebeu os títulos de Pesquisador Senior, concedido pela Sociedade Brasileira dos Pesquisadores de Jornalismo (2009) e Comunicador da Paz, outorgado pelas Organizações Católicas de Comunicação da América Latina (2010).

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Autora da pesquisa sobre ensino de ciberjornalismo, Catarine Sturza

Pesquisa sobre o ensino de ciberjornalismo nas universidades de Mato Grosso do Sul será apresentada durante o 9º Ciclo de Pesquisa em Ensino de Jornalismo que acontece em Recife (PE), entre os dias 21 e 23 de abril, no 13º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo. O evento é organizado pelo Fórum Nacional de Professores de Jornalismo e será realizado na Universidade Católica de Pernambuco.

A pesquisa foi desenvolvida pela acadêmica de jornalismo e participante do Grupo de Pesquisa em Ciberjornalismo (CIBERJOR) da UFMS, Catarine Sturza em projeto de Iniciação Científica, orientada pelo professor Dr. Gerson Luiz Martins. Foram aplicados questionários entre professores e alunos dos cursos de Jornalismo de quatro universidades e uma faculdade do estado, na UCDB, Unigran, UFMS, Uniderp e Estácio de Sá, entre os meses de fevereiro e maio de 2009.

O texto final da pesquisa, transformado em artigo científico, foi aprovado para apresentação no Grupo de Pesquisa Projetos Pedagógicos e Metodologias de Ensino, coordenado pelo professor da PUC do Rio de Janeiro, Leonel Aguiar.

Segundo o coordenador do CIBERJOR-UFMS, professor Dr. Gerson Luiz Martins, a pesquisa trata de um segundo momento do projeto nacional para levantar o estado da arte do ensino de ciberjornalismo no Brasil. A primeira pesquisa, também por meio do Programa de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC, foi realizada no Rio Grande do Norte, em 2007, no Curso de Jornalismo da UFRN.

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Prof. Dr. Mario Luiz Fernandes, membro da Comissão do Programa de Mestrado em Comunicação da UFMS

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPP) da UFMS constitui Comissão de professores do Departamento de Jornalismo da UFMS para trabalhar no projeto de criação do Curso de Mestrado em Comunicação da instituição. A Comissão, composta pelos professores Gerson Luiz Martins, Márcia Gomes e Mario Luiz Fernandes, tem até o dia 30 de abril para apresentar o primeiro esboço do projeto. A CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, órgão do Ministério da Educação que é responsável pela aprovação e regulamentação dos cursos de mestrado e doutorado, prorrogou o prazo para ingresso de novas propostas de mestrado até o dia 30 de junho.

O corpo de professores do Departamento de Jornalismo, integrado pelos doutores Daniela Ota, Gerson Luiz Martins, Greicy França, Marcelo Cancio, Marcia Gomes, Mario Fernandes e Mario Ramires, trabalham em reuniões diárias desde o dia 25 de março para montar o projeto. Na última semana, os professores fizeram reuniões diárias para formatar o Regimento do Programa de Mestrado em Comunicação.

Segundo o professor Dr. Mario Luiz Fernandes, a previsão que o texto final do projeto fique pronto até o final de maio, quando será entregue a PROPP/UFMS para parecer final e inscrição no portal da CAPES. Se o projeto for aprovado no decorrer deste ano, há probabilidade do curso iniciar em março de 2011.

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Capa do livro Gêneros Jornalísticos no Brasil

Por Lidiane Dini

Esboçar o quadro dos gêneros jornalísticos praticados pela mídia brasileira é o objetivo do mais novo livro organizado pelo professor José Marques de Melo, com o título ‘Gêneros Jornalísticos no Brasil’. Resultado de uma reflexão coletiva proposta aos seus alunos de pós-graduação, em busca de saídas para a crise enfrentada pelo jornalismo no país, a obra será lançada nacionalmente no dia 22 de abril, na cidade do Recife, durante o XIII Encontro Nacional dos Professores de Jornalismo, promovido pela Universidade Católica de Pernambuco e pelo Fórum Nacional dos Professores de Jornalismo – FNPJ.

Lançado pela Editora da Universidade Metodista de São Paulo — EdUMESP, o título é organizado em parceria com Francisco de Assis, que também assina dois textos da coletânea. Além dele, outros nove estudantes de pós-graduação do curso de mestrado e doutorado da UMESP colaboram com o estudo.

Sobre o livro

Ao todo são 13 textos — além do prefácio, apresentação e introdução — que preenchem as páginas do volume e desenham o cenário teórico e prático dos gêneros jornalísticos no Brasil. Eles estão disponíveis ao leitor em dois conjuntos ensaísticos: enquanto o primeiro é formado por estudos gerais, que pretendem classificar e conceituar os diversos tipos de gêneros, formatos e tipos cultivados pela mídia contemporânea, o segundo conjunto de textos é constituído por análises que desvendam sua utilidade potencial, visando à aplicação nas rotinas profissionais.

A proposta não é esgotar o tema, mas preencher uma lacuna que tem provocado inquietação entre pesquisadores, professores, alunos e profissionais de jornalismo. A idéia é oferecer uma revisão crítica e atualizada sobre o tema, ao mesmo tempo em que estimula novas perspectivas para que outras reflexões sejam desenvolvidas.

“Como alguém que se dedica ao tema há muitos anos, é com propriedade que ele indica os caminhos para a passagem daqueles que querem aprofundar e continuar o percurso teórico, ajudando a compreender as categorias jornalísticas que estruturam a exposição de conteúdos dos meios jornalísticos”, afirma Cicilia M. Krohling Peruzzo, doutora em Ciências da Comunicação, que assina o Prefácio da obra. Ela ressalta, ainda, a importância das próprias revisões que Marques de Melo vem fazendo na classificação dos gêneros propostos ao longo do tempo, necessária por terem como base estudos empíricos sobre realidades sempre em transformação.

“Uma tentativa de resgatar a identidade jornalística numa conjuntura minada por vaticínios desestabilizadores, apregoando o “ocaso do jornalismo”, ou sugerindo a passagem a uma espécie de pós-jornalismo”, como reitera Marques de Melo na Introdução. Trata-se de obra de apoio didático para alunos e professores de Jornalismo, bem como de roteiro útil aos jovens que se iniciam na profissão, mas não tiveram treinamento suficiente no exercício dos gêneros jornalísticos.

Sobre os autores

Os autores dos textos de ‘Gêneros Jornalísticos no Brasil’ são pesquisadores que passaram por aulas ministradas por Marques de Melo entre os anos de 1994 e 2009, período em que o professor Marques de Melo orientou, na Umesp, mais de 10 pesquisas de pós-graduação sobre o tema. Além de Francisco de Assis, doutorando em Comunicação Social e professor do Curso de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade de Taubaté (SP), assinam os textos outros alunos e ex-alunos da Universidade Metodista de São Paulo: Ana Regina Rêgo, doutoranda pela Umesp e pela Universidade Autônoma de Barcelona; Daniela Bertocchi, mestre em Ciberjornalismo e professora em Jornalismo Multimídia na Facamp; Guilherme Jorge de Rezende, doutor em Comunicação Social, professor e coordenador do Curso de Jornalismo na Universidade Federal de São João Del-Rei; Janine Marques Passini Lucht, doutora em Comunicação Social, professora e coordenadora do Curso de Jornalismo na ESPM, em Porto Alegre; Lailton Alves da Costa, mestre em Comunicação Social e editor do Jornal de Tocantins, em Palmas (TO); Laura Conde Tresca, mestre em Comunicação Social; Maria Isabel Amphilo, doutoranda em Comunicação Social; Tyciane Cronemberger Viana Vaz, doutoranda em Comunicação Social; Virgínia Salomão, doutora em Comunicação Social e professora do Curso de Jornalismo da Universidade Paulista – UNIP.

O coordenador do livro, José Marques de Melo, é doutor em Jornalismo pela Universidade de São Paulo, onde fundou o Departamento de Jornalismo da Escola de Comunicações e Artes. Atualmente é professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo e diretor-titular da Cátedra Unesco/Umesp de Comunicação para o Desenvolvimento Regional. Preside também a Federação Brasileira das Sociedades Científicas e Associações Acadêmicas de Comunicação – SOCICOM – e coordena o Grupo de Pesquisa sobre Gêneros Jornalísticos da INTERCOM – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação.

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13º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo, na Unicap, em Recife.

Do FNPJ, por Paulo Botão

O 3º Colóquio Ibero-Americano de Ensino de Jornalismo do FNPJ, que acontece em Recife (PE), durante o 13º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo, vai debater o ensino de jornalismo no contexto dos países Ibero-Americanos. O evento terá como debatedores o jornalista Miguel Paz (Universidade Diego Portales – Chile), Gerardo Albarrán de Alba (Cátedra Unesco – México) e Celso Augusto Schröder (PUC/RS – Brasil), sob a mediação do professor Gerson Luiz Martins (UFMS – Brasil), diretor de Relações Institucionais do FNPJ e será realizado na sexta-feira (23/04), às 10h20, na Unicap (Universidade Católica de Pernambuco).

O 13º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo tem início no dia 21 de abril, no Hotel Atlante Plaza, com a realização do 6º Colóquio Andi, que vai tratar o tema “Jornalismo e desenvolvimento: reflexões sobre a agenda das mudanças climáticas”, do 9º Pré-Forum Fenaj, que vai debater “O papel da Universidade no contexto dos novos marcos regulatórios: o fim (e a volta?) da Lei de Imprensa e da obrigatoriedade do diploma e as novas diretrizes curriculares” e o IV Encontro Nacional de Coordenadores de Curso de Jornalismo, com o tema “Os trâmites e o processo jurídico-administrativo de implantação das novas diretrizes curriculares nacionais em Jornalismo na esfera governamental e no âmbito de cada curso”.

A partir do dia 22 de abril as atividades se concentram nas instalações da Unicap, e incluem a Solenidade de Abertura, Homenagem Póstuma do FNPJ ao ex-diretor Narciso Lobo, Homenagem da Unicap ao professor José Marques de Melo, Mesa Debate em Comemoração aos 50 anos de Lançamento do Livro Filosofia do Jornalismo e o IX Ciclo Nacional de Pesquisa em Ensino de Jornalismo.

Durante o Encontro também ocorrerá a eleição e posse da nova diretoria do FNPJ para o biênio 2010/2012. Confira a programação completa do evento no site:www.fnpj.org.br/13enpj.

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Comissão Diretrizes de Jornalismo do MEC

Comissão Diretrizes de Jornalismo do MEC

Por Carmen Pereira

Nos próximos dias, a Comissão de Especialistas encarregada da revisão das diretrizes curriculares para os cursos universitários de jornalismo entregará seu relatório ao Ministério da Educação. Embora o conteúdo do documento ainda não seja conhecido, a FENAJ espera que suas contribuições, bem como as das entidades do campo do jornalismo tenham sido aceitas.

O prazo final para conclusão e entrega do relatório se encerra no dia 19 de agosto. Mas o presidente da Comissão, professor José Marques de Mello, já adiantou a veículos de comunicação que o relatório está pronto, faltando apenas a definição de agenda oficial para sua apresentação ao Ministério da Educação.

Valci Zuculoto, do Departamento de Educação da FENAJ, conta que, embora o documento final ainda não tenha sido publicizado, as informações obtidas de alguns dos membros da Comissão são de que as contribuições da Federação e de entidades como o Fórum Nacional de Professores de Jornalismo e Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor) “em sua essência” foram incorporadas.

“Ao que nos consta, questões como a ampliação da carga horária mínima para 3.200 horas, curso específico desmembrado da Comunicação Social, estágio curricular nas últimas fases e não se confundindo com exploração de mão-de-obra barata, entre outras questões, estão presentes no relatório”, destacou Valci. Ela destaca, no entanto, que a FENAJ espera que o MEC disponibilize o documento para uma avaliação mais rigorosa. 

Curso de atualização?
Sobre os questionamentos que a FENAJ recebeu referentes ao “curso A arte de fazer jornalismo”, promovido pela revista Cult em parceria com a Faculdade Cásper Líbero, a diretora da FENAJ lamentou a forma como vem sendo divulgado. “Me parece óbvio que um ‘curso’ que vai das 9h30 às 18 horas só pode ser de atualização, mas o texto que divulga a atividade revoltou muita gente em função da decisão do STF sobre o diploma”, diz. O texto de divulgação do curso diz que ele é direcionado a estudantes de graduação ou portadores de diploma de nível superior (de qualquer área do conhecimento) que queiram exercer ou se aperfeiçoar na profissão.

A professora e sindicalista lembra que vêm proliferando cursos de curta duração sobre jornalismo após o julgamento do STF que tornou desnecessária a exigência de diploma de curso superior de Jornalismo para o exercício da profissão. “Agora este evento, da forma como vem sendo divulgado e trazendo o nome da Cásper Líbero vem trazendo transtornos, pois muita gente considerou que a primeira escola de jornalismo do Brasil abraçou a causa do patronato e do ministro Gilmar Mendes”, conta. “Num momento de questionamento do diploma, é hora de os cursos mostrarem qualidade para formar jornalistas capacitados e não se deixarem confundir com a decisão equivocada do STF”, completa.

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Presidente do FNPJ, Edson Spenthof

Presidente do FNPJ, Edson Spenthof

Por Edson Spenthof, presidente do FNPJ

Duas premissas equivocados constituíram a base de argumentação do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de São Paulo, do Ministério Público Federal e de oito ministros do STF para derrubar a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Com premissa errada, a conclusão só poderia repetir erro.

A primeira é a de que a atividade profissional do jornalista seria a do exercício da opinião, cujo direito estaria, portanto, impedido pela exigência de qualquer diploma. Assim, o jornalismo foi julgado pelo que não é.

O jornalismo opinativo faz parte da fase embrionária da imprensa. Na atualidade, porém, o jornalista produz informações novas (conhecimento) acerca da realidade e faz a mediação das diversas opiniões sociais que disputam visibilidade na esfera pública. Por dever ético e eficácia técnica, ele não expressa a sua própria opinião nas notícias e reportagens que escreve.

Trata-se de atividade profissional, remunerada, e não gozo de direito fundamental, o que torna a medida do STF, além de equivocada, ineficaz. Mas ela teve uma consequência ainda pior, caminhando no sentido contrário ao anunciado: eliminando a necessidade não só de qualificação, mas também de fiscalização e registro em órgão de Estado (Ministério do Trabalho), o Supremo acabou com qualquer proteção ao cidadão, transferindo o poder de regulação para as empresas do setor.

E se o jornalista passou a ser aquele que meramente expressa a sua opinião, quem provê a sociedade de notícias e intermedeia as opiniões sociais? Destituindo essa função de qualquer requisito em termos de conhecimento, a decisão do STF criou séria restrição a outro direito humano fundamental, o de receber informações de qualidade, um direito-meio para o pleno exercício da cidadania.

A segunda premissa equivocada é a de confundir diploma com “restrição de acesso”. O critério para decidir se um diploma deve ser obrigatório não é, como disseram os ministros, a capacidade inequívoca, cristalina, para evitar erros e danos à sociedade, porque nenhum diploma garante isso. Prova disso são os inúmeros erros médicos, jurídicos e de engenharia cotidianamente noticiados. Em vez disso, o critério mais adequado é a capacidade efetiva de um curso para qualificar serviços fundamentais para os indivíduos e para as sociedades, como é o jornalismo nas complexas sociedades contemporâneas.

Na verdade, o diploma universitário democratiza o acesso à profissão, na medida em que se dá não pelo poder discricionário do dono de mídia, mas via instituição de ensino, que tem natureza pública e cujo acesso, por sua vez, se dá mediante seleção pública (vestibular) entre todos os pretendentes à determinada profissão. Pelo menos era assim também no jornalismo até o fatídico 17 de junho de 2009. Se há problemas com a água do banho, não podemos jogar fora também o bebê (o espírito da seleção pública e democrática e a própria formação).

Ao contrário disso, e junto com a revogação total da Lei de Imprensa, dias antes, o fim do diploma deu poder absoluto aos empresários do setor sobre a imprensa no Brasil. Nada mais avesso aos anseios dos cidadãos brasileiros, que se preparam para discutir, na Conferência Nacional de Comunicação, como limitar o poder dos donos de mídia.

Com isso, o Brasil retrocede nos dois sentidos: o jornalista, entregue ao domínio do empregador, deixou de ser, para meramente estar (jornalista), a depender da situação conjuntural de possuir um contrato de trabalho, e o dono de mídia abocanha também um poder da sociedade, o de órgão regulador.

Mas o duro golpe recebido com tamanha desqualificação da atividade (até mesmo por envergonhadas empresas de comunicação) não deve nos levar a desistir. Uma das formas de luta, agora, passa a ser a própria Conferência Nacional de Comunicação, em que a importância e a singularidade do jornalismo como forma de conhecimento e de mediação social tem de ser por nós demonstrada. Afinal, alguém imagina as complexas relações sociais atuais sem o jornalismo? Esse é um debate da sociedade e não só de quem sobrevive da atividade.

É o momento, também, para assumirmos e defendermos, sem culpa, a linha de afirmação dessa identidade e especificidade do jornalismo que até agora norteia, no âmbito do MEC, o debate nacional em torno das novas diretrizes curriculares para o ensino de jornalismo.

Só conseguiremos reverter as consequências negativas do 17 de junho se houver ainda mais investimento pessoal e coletivo de estudantes, profissionais, professores, pesquisadores e escolas de jornalismo na própria formação e nessa afirmação também qualificada do campo do jornalismo, em cursos de graduação, mestrado e doutorado inequivocamente estruturados sobre a natureza da atividade, a partir da qual se organiza a sua necessária relação com as demais áreas profissionais e do conhecimento.

Precisamos continuar demonstrando para os ministros do Supremo, como já o fizemos diversas vezes, mas também para a sociedade, que todos os seres humanos são comunicadores, e podem expressar a sua opinião, na medida em que isso é inerente à condição humana. E que os jornalistas são os primeiros a valorizar e defender essa condição e esse direito. A história confirma isso.

Contudo, a comunicação jornalística constitui um campo singular, e mantém com a sociedade um contrato específico, que gira em torno da prestação do serviço público de mediação do debate social e da produção cotidiana de um conhecimento novo (informação) a respeito da realidade. Trata-se de algo bastante distante da simples expressão da opinião, e que também não se confunde com ficção, publicidade e entretenimento.

*Edson Luiz Spenthof é jornalista formado pela UFG, professor de Jornalismo na mesma instituição desde 1996, pesquisador em jornalismo, presidente do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo e diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás

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Prof. Dr. José Marques de Melo, cientista do jornalismo brasileiro

Prof. Dr. José Marques de Melo, cientista do jornalismo brasileiro

José Marques de Melo exerce o jornalismo há 50 anos, de forma simultânea ou alternada, nas redações ou na universidade, transitando entre a práxis e a teoria. O lançamento de Vestígios da travessia, livro autobiográfico e antológico, contribui de forma sensível para o resgate e perpetuação da memória do jornalismo brasileiro.

A primeira parte contém a narrativa do percurso entre a comunidade sertaneja e a metrópole paulistana. A segunda parte reúne uma amostra seletiva de textos publicados pelo autor nas diversas etapas da sua vida jornalística, desde os exercícios de aprendiz aos mais recentes escritos da maturidade.
Trata-se de livro útil aos jovens que ingressam na profissão, obra ilustrativa para os docentes que buscam referências textuais capazes de dinamizar suas aulas e narrativa importante para os veteranos jornalistas que podem recordar os tempos vividos. Interessa também aos cidadãos que usufruem cotidianamente a da crítica do jornalismo. O livro será lançado nacionalmente no dia 10 de março de 2009,  na Livraria Saraiva do Shopping Paulista, a partir das 19 horas, durante o Café Intercom, na cidade de São Paulo e poderá ser encontrado nas livrarias de todo o país, inclusive na rede de livrarias universitárias supervisionada pela ABEU – Associação Brasileira de Editoras Universitárias.

Confira alguns trechos do livro:

Meio século de jornalismo radical

“Vejo com apreensão as múltiplas turbulências que o campo do Jornalismo enfrenta nesta passagem de século. Mudanças tecnológicas, sociográficas e geopolíticas atropelam os processos de produção noticiosa, impondo ajustes aos novos tempos. Profissionais, empresários e educadores procuram soluções consensuais para corresponder às novas demandas do mercado e da sociedade. (..)
Perplexos, testemunhamos as tentativas esboçadas por agentes dos poderes executivo, legislativo judiciário, no sentido de minar o edifício que sustenta a liberdade de imprensa. Artifícios ostensivos ou dissimulados começam a despontar em cadeia, resultando em atos que restringem ou inibem o desempenho profissional dos jornalistas. Se não houver uma constante vigilância da sociedade corremos o perigo de retrocesso.
Precisamos evitar que esse sentimento de vazio institucional se transforme em alavanca capaz de acionar um tipo de voluntarismo atroz, conduzindo jornalistas bem intencionados, geralmente movidos por equívoca “missão civilizatória”, a praticar justiça com as próprias mãos, na verdade retrocedendo aos tempos da barbárie.
Vestígios da travessia: da imprensa à internet (São Paulo, Paulus / Maceió, Edufal, 2009),  livro retrospectivo, pretende contribuir para neutralizar desvio de tal magnitude.
Na primeira parte, faço um relato autobiográfico, destacando episódios da trajetória percorrida entre a comunidade sertaneja e a metrópole globalizada. Na segunda parte, selecionei textos publicados nesses 50 anos de intensa travessia jornalística. Eles evidenciam as diferentes fases da minha atividade narrativa, desde os exercícios de aprendiz até as mais recentes expressões da maturidade. “

José Marques de Melo (Autor) – Introdução

Incansável guerreiro da comunicação

“ Eis uma admirável travessia: passo a passo, desde os primeiros passos do menino que deixou a sua aldeia numa barranca do rio Ipanema, no sertão de Alagoas, para buscar o saber nas cidades grandes da beira do mar. E daí, em busca incessante, atravessou o mar, transpôs as portas de universidades da América Latina, dos Estados Unidos e da Europa, fez-se mestre – o professor José Marques de Melo, pesquisador incansável, trabalhador intelectual em tempo integral, autoridade reconhecida no Brasil e no Exterior como um dos mais profundos conhecedores das Ciências da Comunicação.

Os caminhos percorridos por esse incansável guerreiro da Comunicação são múltiplos. Da gestão acadêmica à organização de seminários, encontros, congressos, fundação e direção de publicações especializadas, como boletins, revistas e a publicação de livros, muitos livros. É, provavelmente, o autor com mais títulos publicados sobre estudo de Jornalismo e Comunicação no Brasil .”

Audálio Dantas – Jornalista – Autor do Prefácio

O maior anatomista do jornalismo

“ Em matéria de jornalismo José Marques penetrou todos os seus meandros, revirou-lhe todas as vísceras, tornando-se o maior anatomista do jornalismo brasileiro. No Brasil, ninguém melhor do que ele disseca o jornalismo em sua estrutura técnico-científica, matizando-o com cores bem vivas e atraentes.

Afora um monte de livros que já pôs em circulação, infelizmente pouco divulgados em Alagoas, agora entrega ao leitor Vestígios da travessia, uma obra que se destina a marcar os seus 50 anos de jornalismo. Ainda bem que os alagoanos são compensados mensalmente com a leitura da revista Imprensa, onde José Marques de Melo aparece entre os melhores colunistas. “

Antonio Sapucaia Jurista – autor do Prólogo

O jornalista enveredando pela cultura popular

“ Jornalista do batente nos inícios, pesquisador do jornalismo na seqüência, teórico da comunicação na maturidade, todas as fases da sua caminhada estão descritas no livro que as contêm sem densidade, fluindo como um Ipanema amansado. De muitas ocorrências documentadas presto testemunho pessoal, sobretudo do contido nos artigos opinativos da Página dos Municípios do Jornal de Alagoas, onde assuntos polêmicos eram tratados com a coragem necessária ao enfrentamento das incompreensões, não apenas da Província mas até mesmo de habitantes da aldeia: a maconha de Santana do Ipanema (então um dos principais pólos produtores do Brasil), a questão do Grupo Escolar da Camuxinga (a quase desabar sobre as crianças de um bairro de periferia), a construção das novas igrejas (para barrar o incipiente avanço do protestantismo na comunitas) …
Re/descubro finalmente na leitura deste fascinante livro um novo ponto de convergência a nos unir: o jornalista enveredando pela folkcomunicação, o ecólogo pela folkecologia, ambos mantendo-se fiéis às suas origens e ao seu povo, acesos pela paixão da nossa cultura mais popular, depositários que fomos/somos dos seus frutos, agora na ânsia responsável de reparti-los. Uma diferença, porém, devo novamente realçar: do outro lado do espelho, espreita-me uma imagem muito melhor, a do autor de “Vestígios da Travessia”, ampliada por dimensões de colosso e colorida por ressonâncias magníficas.  “
José Geraldo Wanderley Marques – Biólogo, autor do Preâmbulo

Ícone no mundo universitário comunicacional

“ Quando iniciei a leitura  de Vestígios da Travessia  fiquei  impressionada com  os nominados Vestígios a serem avaliados pelo grupo escolhido para esta conversa de fim de noite-início do novo dia, quando o autor continuará na marcha veloz e  sem retorno iniciada  na infância quando seu pai saiu  definitivamente de Palmeira dos Índios para Santana do Ipanema.
José Marques de Melo se fez conhecido no mundo nacional e internacional midiático como alguém  que participou da cientificização do velho (de duzentos anos) jornalismo brasileiro. Através da criação de cursos universitários  e de pesquisas sobre a imprensa escrita, falada e televisiva, este  palmeirense dublê de santanense é hoje ícone no mundo universitário comunicacional,  participando também  da  quase desconhecida do grande público – Ciência da Comunicação.

Luitgarde Oliveira Cavalcanti Barros – Antropóloga, autora do Posfácio

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12º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo

12º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo

O diretor Científico do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ), professor Dr. Leonel Aguiar, divulgou na última semana a prorrogação do prazo para inscrições no VIII Ciclo Nacional de Pesquisa em Ensino de Jornalismo. O evento faz parte da programação do 12º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo, que será realizado em Belo Horizonte entre os dias 19 e 21 de abril.

As inscrições podem ser realizadas até o dia 28 de fevereiro, pelo sítio web do evento, no endereço www.fnpj.org.br/12enpj. Segundo o diretor científico, a nova data tem como objetivo permitir mais tempo para que os pesquisadores e docentes interessados em participar do evento possam concluir suas comunicações. Destacou ainda Leonel que os meses de dezembro e janeiro incluem o encerramento do segundo semestre letivo e período de férias, o que acarreta acúmulo de tarefas a todos.

O 12º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo terá como tema principal “O ensino de jornalismo nas universidades: impactos na prática profissional e conquistas para a sociedade”. As atividades acontecerão na Faculdades Pitágoras, Centro Universitário UNI-BH e Centro Universitário UNA.

Os trabalhos de pesquisadores e docentes serão apresentados no VIII Ciclo Nacional de Pesquisa em Ensino de Jornalismo. Os participantes poderão optar por cinco grupos de pesquisa: nas áreas de: Atividades de Extensão, Ensino de Ética e de Teorias do Jornalismo, Pesquisa na Graduação, Produção Laboratorial – Eletrônicos, Produção Laboratorial – Impressos e Projetos Pedagógicos e Metodologias de Ensino.

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