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Archive for the ‘Uncategorized’ Category

Capa do Livro Formação Superior em Jornalismo da Fenaj

Capa do Livro Formação Superior em Jornalismo da Fenaj

Do Boletim da Fenaj

As repercussões da pesquisa FENAJ/Sensus e o lançamento do segundo livro em defesa do diploma marcam a nova fase do movimento dos jornalistas e da sociedade por um jornalismo qualificado. A Coordenação da Campanha prepara novas peças para fortalecer a luta pela rejeição do Recurso Extraordinário que questiona o diploma como requisito para o exercício da profissão.

Depois da pesquisa do Instituto Sensus que mostrou que 74,3% da população brasileira é a favor do diploma para o exercício da profissão de jornalista, um novo número revela o crescente interesse da categoria e da sociedade no tema. A matéria, feita pela FENAJ sobre a pesquisa, foi um dos 20 releases mais acessados no mês de setembro no site de relacionamento MaxpressNet. O site, que obteve 4.192.042 page views em setembro, publicou 5.015 matérias no período.

O jornal Correio de Uberlândia realizou uma enquete no seu site, no período de 23 a 30 de setembro, sobre a questão do diploma para os jornalistas. A maioria dos 335 internautas (79%) foi a favor da obrigatoriedade do diploma, enquanto 14% são contra e 5% responderam não saber.

A Coordenação Nacional da campanha orienta os integrantes do movimento a realizarem lançamentos do livro “Formação Superior em Jornalismo – Uma exigência que interessa à sociedade”, que tem artigo do professor de jornalismo da UFMS, Gerson Luiz Martins, editado pela FENAJ com contribuições de acadêmicos, juristas e profissionais. , como instrumento de mobilização e divulgação da campanha. Com o apoio da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) já foram impressos mais 2 mil exemplares. Pedidos de remessa dos livros devem feitos pelo fone (61) 32440650 ou e-mail fenaj@fenaj.org.br.

Dois lançamentos estão marcados para as próximas semanas. Um deles será em no dia 9 de outubro, em Fortaleza, promovido pelo Sindicato dos Jornalistas do Ceará. O outro será no dia 17 de outubro, na abertura do Fórum de Professores de Jornalismo Paraná/Santa Catarina, em Joinville (SC), no IELUSC, com as presenças do presidente da FENAJ, Sérgio Murillo, da presidente do Sindicato dos Jornalistas do Paraná e diretora da FENAJ, Aniela Almeida, e dos coordenadores da campanha Márcio Rodrigues e Valci Zuculoto.

Vídeo e peças de divulgação

A Coordenação Nacional informa, também, que d DVD com peças e fotos da mobilização em todo o país está sendo atualizado. A nova versão estará disponível na página da FENAJ nos próximos dias, juntamente com as demais peças da campanha (basta clicar no banner de defesa do diploma). Também estarão à disposição adesivos de lapela, panfleto com Manifesto em Defesa do Diploma e cartazes.. Os interessados devem fazer os pedidos para a FENAJ.

Outra solicitação da Coordenação Nacional é de que os apoiadores do movimento continuem postando apoios no site da FENAJ e enviando e-mails de sensibilização para os ministros do STF.

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Cartaz da Campanha pela exigência do diploma de jornalismo da Fenaj

Cartaz da Campanha pela exigência do diploma de jornalismo da Fenaj

Do Boletim do Sindjor-MS

Em parceria com os centros acadêmicos dos cursos de Jornalismo de Campo Grande, o SindJor-MS marcou para o próximo sábado, dia 27 de setembro, a partir das 9h30, uma manifestação para coleta de assinaturas públicas em defesa do diploma de jornalismo como condição essencial para se exercer a profissão.

Acadêmicos de jornalismo, professores e profissionais estarão concentrados próximos ao Bar do Zé, que fica entre as ruas 14 de Julho e 13 de Maio, sensibilizando os que passarem a assinarem o abaixo-assinado oficial que já conta com várias adesões nacionais.

O Recurso Extraordinário RE/511961, que está em pauta no Supremo Tribunal Federal (STF), questiona a exigência do diploma de jornalismo como condição essencial para exercer a profissão. Se os ministros aprovarem o recurso, qualquer pessoa, em tese, mesmo as que têm apenas o ensino fundamental ou até analfabetos, poderão requerer o direito de se tornarem jornalistas.

Uma das principais estratégias é esclarecer à maior parte da população que não se trata de uma defesa classista e, sim, social, já que o jornalista seria um profissional preparado, de forma ética, para o necessário equilíbrio das verdades.

Membros da diretoria do SindJor-MS devem visitar as redações de Campo Grande a partir de quinta-feira para ajudar a mobilizar a categoria. Os acadêmicos e o SindJor-MS esperam a presença de todos no sábado.

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A diretoria do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo prorrogou para o dia 20 de fevereiro a inscrição de trabalhos do 11º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo. Segundo a diretora científica da entidade, Ivete Cardoso, a decisão foi motivada pelas inúmeras mensagens que pediam a prorragação. Ivete Cardoso destacou ainda a importância do envio do resumo e texto completo do trabalho no formato PDF. Muitos trabalhos recebidos até o momento apresentaram apenas o resumo. A diretora científico lembrou a necessidade de uma leitura atenta das normas para a inscrição.

O calendário de inscrição dos texto ficou definido da seguinte forma: 20 de fevereiro prazo final para inscrição dos textos (resumo e trabalho completo em PDF), 27 de fevereiro é o prazo máximo para que os coordenadores de GT comuniquem os aceites e 2 de março a data limite para o pagamento da inscrição no 11º ENPJ.

A diretora do FNPJ ressaltou a importância de incentivar os alunos de graduação para inscreverem trabalhos de iniciação científica na modalidade “poster”. Observou que “é muito importante incentivarmos os alunos a participarem dos eventos onde debatemos a qualidade da formação em jornalismo, no ENPJ deste ano destaca-se a tema geral, produto das atuais discussões no âmbito das escolas de jornalismo”.

Mais informações no endereço www.fnpj.org.br/11enpj.

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Turista que vier a Natal nestes dias vai experimentar um turismo de inverno. Há três dias chove de forma intermitente. Devido ao constante tempo encoberto, a temperatura cai e fica em torno de 24º C, o que para o natalense é considerado frio, pleno inverno. Essa temperatura aliado ao vento permanente, característica da cidade, provoca sensação térmica entre 18 e 21ºC. Nenhuma das atrações litorâneas, tropicais, ou melhor, equatoriais podem ser usufruídas, há chuva constante. A Cidade do Sol tem seus dias de nublado, chuva e sensação térmica de frio, pelo menos para os natalenses.
Veja as imagens:

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Enya enfeitiça e seduz

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O acidente com o avião da Gol não foi prejudicial para as empresas aéreas como era esperado. A demanda de passageiros cresce diariamente. Os aeroportos se transformaram em locais com uma grande massa de pessoas em trânsito. O que caiu sim, foi a qualidade do serviço prestado. Com uma demanda de passageiros de baixo e médio poder aquisitivo, as empresas, de uma forma generalizada, não têm os mesmo tratamento e baixaram a qualidade do serviço.

Os vôos transitam lotados, as promoções causaram o inchaço do número de passageiros transportados, sem uma melhoria de qualidade no serviço. As empresas brasileira não podem reclamar da demanda. A reclamação é pela abertura de novos editais de serviço para que mais empresas atuem nesse setor.

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Há muitas situações que determinam o caos no transporte aéreo no Brasil. Houve o acidente do avião da Gol, depois as operações “padrão” de controladores e em seguida da Polícia Federal. Na última semana até a natureza está contra o tráfego aéreo: muitos anos se passaram, muitas neblinas ocorreram sem que houvesse suspensão do tráfego no aeroporto de Cumbica, em São Paulo. Estranhamente, depois do episódio com o avião da Gol, qualquer motivo é determinante para o fechamento dos aeroportos. E não obstante aos constantes atrasos, estresses de passageiros – na madrugada deste domingo, 10 de junho, houve reação popular no balcão da TAM em Cumbica – as empresas, também de forma muito estranha, não buscam minimizar os problemas da “natureza” ou de qualquer outro tipo.
O oligopólio do transporte aéreo no Brasil provoca uma situação de total controle por parte das empresas. No final das contas, elas que determinam e ampliam o caos instalado. As aeronaves estão em constantes atrasos e não há qualquer atitude para resolver o problema.
Passageiro! Prepare-se para “julho”!
Consideramos essa situação um desrespeito para com a massa de passageiros que, finalmente, tem acesso ao transporte aéreo. Foi o tempo que avião era coisa de “rico”.

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Cumbica, São Paulo ainda apresenta situação caótica na manhã deste domingo, 10 de junho. Há dezenas de atrasos, os passageiros enfrentam extensas filas para a sala de embarque e para o raio X. Muitas famílias, principalmente crianças, apresentam situação de incomodo devido a longa espera pelos vôos que continuam muito atrasados.
As férias escolares de julho, mesmo que pequena, se aproxima e será novo caos nos aeroportos de todo país. A malha aérea não tem condições de suportar a demanda atual de passageiros, assim como funcionários e estruturas de aeroportos. Exemplo dessa situação está nos equipamentos de raio X que provocam enormes filas e consequentemente atrasos nas partidas.

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O perfil dos usuários de transporte aéreo mudou nos últimos anos. As salas de embarque possuem outro ritmo. Com as inúmeras promoções de passagens aéreas, finalmente a população tem acesso ao transporte aéreo. Num país de dimensões continentais como o Brasil, o aumenta da demanda de passageiros é fato natural. No outro lado da questão está o oligopólio das empresas que prestam o serviço e o descaso governamental nos terminais aeroportuários.
O aeroporto de Natal, por exemplo, não tem manutenção há vários meses. Sanitários e outras instalações estão sem limpeza e muito deterioradas. Essa situação, por si, revela o atendimento dado pela Infraero aos novos usuários. Aos poucos os aeroportos estão se transformando nos velhos, mal-cheirosos e decadentes terminais rodoviários. Será que o novo usuário do transporte aéreo merece isso? Até mesmo as aeronaves, cujas companhias possuem uma frota muito envelhecida, resultado do aluguel de sucata norte-americana, estão com sua configuração alterada para pior. As poltronas chegam a bater no rosto do passageiro atrás e os corredores não oferecem espaço para o trânsito regular e cômodo do passageiro.
O aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, se transformou numa grande feira livre. O comércio se espalha pelos locais de embargue.
Tudo isso está a transformar o transporte aéreo num martírio para novos e velhos usuários.

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Entrevistas da Fenaj

A Universidade Federal de Goiás sediou, no final de abril, o 10º Encontro Nacional de de Professores de Jornalismo. E esta coletiva da FENAJ é dedicada à reflexão sobre temas que stiveram presentes nos debates do evento promovido pelo Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ). Nosso convidado é Gerson Luiz Martins, doutor em jornalismo pela ECA/USP, professor da UFRN e presidente do FNPJ (http://www.fnpj.org.br/). Além de um balanço do Encontro, Gerson é taxativo em afirmar que as lutas dos jornalistas só terão bom termo com a ação conjunta das entidades do campo do Jornalismo.
E – FENAJ – Precedendo a abertura do 10º ENPJ, a FENAJ realizou seu VI Pré-Fórum com o tema “Formação superior em jornalismo: obstáculo ou garantia de acesso democrático aos meios de comunicação?”. Tal debate é fundamental num período em que entidades do campo do Jornalismo desenvolvem uma campanha em defesa do diploma. O argumento central daqueles que combatem este pré-requisito para o exercício da profissão é de que ele fere as liberdades de expressão e de imprensa. Isto se justifica? Como o FNPJ pretende intervir neste debate, uma vez que há grande expectativa de que o Supremo Tribunal Federal se posione sobre a questão?
Gerson Martins – O argumento não procede. Somente com uma informação jornalística de qualidade, ou seja, que os profissionais sejam preparados na educação superior em jornalismo é que teremos uma verdadeira democratização da comunicação e que “voz” e “letra” seja disponibilizada para todos. Não há liberdade de imprensa e liberdade de expressão quando a produção da informação está comprometida, em todos os aspectos, sem uma adequada qualificação dos autores, produtores e consumidores. O FNPJ desde sempre defende a formação superior em jornalismo como a única forma de democratizar a informação jornalística e, consequentemente, democratizar o acesso à informação pela sociedade, pela população. Em termos específicos, o FNPJ, aliado a Fenaj e a SBPJor vai envidar esforços para que o STF se pronuncie democraticamente e confirme a necessidade da formação superior em jornalismo para o exercício profissional.
E – FENAJ – Em julho o “Programa Nacional de Estímulo à Qualidade da Formação em Jornalismo” da FENAJ completa 10 anos. Qual a sua avaliação sobre o conteúdo e a importância desta contribuição para o ensino da profissão?
Gerson Martins – O programa é um marco para a qualificação do ensino de jornalismo no Brasil. Infelizmente o mesmo é de conhecimento de poucos e, portanto, não se aplica na maioria dos cursos de jornalismo. Há necessidade premente das entidades do campo do jornalismo – Fenaj, FNPJ e SBPJor – realizarem esforços conjuntos para que o Programa seja de fato implementado. É importante destacar que Fenaj, FNPJ e SBPJor não se resumem às suas diretorias, mas diz respeito a todos os seus associados e simpatizantes. Deve ser realizado um esforço coletivo de professores, profissionais e pesquisadores para implementar o Programa.
E – FENAJ – Vilson Vieira Junior, de Serra (ES), recém formado em Jornalismo pela UFES, tece considerações sobre as mudanças na produção, conteúdo e acesso a informação provocadas por novas tecnologias como a internet, convergência de mídias e telefonia. E pergunta: quais perspectivas podem ser vislumbradas acerca do papel do jornalista como produtor e gestor de informação num futuro breve? A profissão do jornalista estaria ameaçada pelas possibilidades de produção de conteúdo informativo trazidas pela internet a qualquer cidadão? Vilson questiona, também, até que ponto bandeiras de luta pela “formação específica e de qualidade” em Jornalismo, bem como a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista podem ser vistas como válidas e essências para a qualidade da informação jornalística, uma vez que o Brasil é um dos países onde a concentração dos meios de comunicação acontece da maneira mais acentuada e criminosa em todo o mundo? Não seria a ausência de democracia na imprensa brasileira um fator determinante para a baixa qualidade da informação presenciada por todos atualmente?
Gerson Martins – É uma questão complexa a levantada pelo Vilson, há inúmeros questionamentos numa mesma pergunta. Entendo que o avanço tecnológico ratifica a importância do profissional do jornalismo. Inserir uma informação na rede não é a mesma coisa, definitivamente, que produzir uma informação. E é isso que diferencia o trabalho do jornalista em relação aos blogueiros generalistas e aos produtores de textos. A produção jornalística requer pesquisa, investigação, apuração, edição do material. Não é simplesmente sentar frente ao computador e digitar as idéias!De outro lado, sem dúvida, que a ausência de uma democracia social e principalmente na educação superior é um impeditivo para a desejada disseminação da informação e do conhecimento, assim como determina a situação atual de precariedade desta informação. Ainda estamos longe de um democratização de acesso a informação, que apesar de facilitada pelas novas tecnologias ainda mantém a população como receptor passivo. Isso começa a mudar, mas é em longo prazo.
E – FENAJ – Lourdes de Souza, de São Paulo, registra que na programação do 10º ENPJ constou um painel sobre Pós-Graduação Stricto-sensu e a formação do professor de Jornalismo e soube que está em vias de ser aprovado o primeiro curso de Mestrado específico em Jornalismo do país. Ela pergunta se isto é verdade e como pode obter informações mais detalhadas sobre tal curso.
Gerson Martins – Lourdes, a informação é verdadeira. Você poderá obter informações com o coordenador do curso, professor Dr. Eduardo Meditsch, ainda pelo sítio web do Curso de Jornalismo da UFSC (http://www.jornalismo.ufsc.br/) e também por meio de notas publicadas no sitio web do FNPJ (http://www.fnpj.org.br/) e do projeto Jornalismo de minha autoria em http://www.gersonmartins.jor.br/.
E – FENAJ – A preocupação com a criação desenfreada de cursos de Jornalismo – principalmente particulares – no país foi encaminhada por Luiz Carlos de Oliveira, de Belo Horizonte. Ele pergunta: isto não colabora para a “mercantilização” e rebaixamento da qualidade do ensino profissional? E quer saber, também, qual o posicionamento do MEC sobre a proposta encaminhada pelo FNPJ e FENAJ de suspensão da criação destes cursos para uma avaliação mais criteriosa sobre as condições de seu efetivo funcionamento?
Gerson Martins – A proliferação de cursos de jornalismo é uma realidade, infelizmente. Contudo o quadro começa a mudar. Temos conhecimento que alguns cursos de Jornalismo foram fechados e outros estão ameaçados. Isso se deve exatamente a proliferação e, decisivamente, a falta de demanda para os cursos. Nenhuma instituição privada de ensino pode suportar os altos custos para manter cursos deficitários. A proposta encaminhada pelo FNPJ e Fenaj para suspender os cursos não teve ressonância no MEC. Há uma política clara, do governo federal, para ampliar as vagas no ensino superior. No governo FHC foi por meio da criação de centenas de IES privadas, no governo atual será, e se tem determinação para isso, a ampliação de vagas também nas IFES, universidades federais. Muitas IFES programaram para o próximo ano o aumento no número de cursos e a ampliação da oferta de vagas. O Ministério da Educação destacou, num encontro que tivemos em Brasília, que se quiséssemos avaliar os cursos de jornalismo, deveríamos criar um sistema autônomo de avaliação. E vamos fazer isso! A exemplo de outros países, as próprias escolas reivindicam um sistema autônomo, neutro em relação ao processo de avaliação oficial. É uma certificação dos cursos, muito necessária para todos.
E – FENAJ – Vanessa Silva lembra que no mercado de trabalho para jornalistas, hoje, um dos principais espaços é em assessoria de imprensa. Mas considera que o currículo dos cursos de Jornalismo não dá a devida atenção para esta área. Ela pergunta: o FNPJ tem propostas sobre isso? Quer saber, também, como regulamentar o estágio acadêmico para que ele seja um efetivo espaço de formação para os estudantes e não um instrumento de aviltamento da profissão?
Gerson Martins – Nesta entrevista da Fenaj temos várias questões em cada pergunta. A pergunta da Vanessa é mais um exemplo. As estruturas curriculares dos cursos de jornalismo devem, preferencialmente, atender as demandas e as características regionais. Os cursos, hoje, têm autonomia para organizar essas estruturas. Se houver uma boa demanda para a área de assessoria de comunicação ou assessoria de imprensa, os dirigentes dos cursos devem ter a sensibilidade para isso e organizar o currículo de modo a atender essa característica. O FNPJ não pode interferir nas estruturas curriculares e tampouco na gerência dos cursos. Quanto ao estágio, estamos em processo de regulamentação. Várias escolas possuem um regulamento de estágio, como exemplo de cidades em que o estágio está regulamentado temos São Paulo, Joinville, Florianópolis e várias outras. Em Natal, a UFRN vai implantar a regulamentação do estágio nos próximos meses. Projeto nesse sentido foi concluído e deverá, em breve, ser aprovado pelo colegiado do Curso.
E – FENAJ – Valci Zuculoto, diretora da FENAJ e do FNPJ, registra que nos momentos em que entidades do campo do Jornalismo, como FENAJ, FNPJ e SBPJor, tiveram uma atuação conjunta, os resultados foram positivos. Ela cita como exemplos as intervenções sobre o debate da Reforma Universitária, da tabela da CAPES e mesmo na luta em defesa do diploma. Ela pede uma avaliação sua sobre esta intervenção conjunta. E pergunta: que outras ações conjuntas podem ser desenvolvidas para fortalecer o campo do Jornalismo?
Gerson Martins – Sem dúvida alguma, quando as entidades do campo atuam conjuntamente temos uma força de trabalho. Acredito firmemente que muitas das nossas lutas só terão bom termo com o trabalho conjunto das entidades. A diretoria do FNPJ propôs, por ocasião do 10º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo, uma atuação conjunta do FNPJ, Fenaj e SBPJor para a revisão das diretrizes curriculares da área de comunicação, como uma forma mais imediata e eficaz para resolver o problema da ineficácia do sistema de avaliação atual do governo, batizado de Sinaes. Entendo que as entidades devem centrar poder de atuação na questão da avaliação dos cursos de jornalismo, precisamos ter instrumentos de avaliação específicos, além de criarmos, em conjunto, um sistema de avaliação autônomo, uma certificação para os bons cursos de Jornalismo. Outra frente de trabalho está na garantia da exigência do “diploma” para o exercício profissional em jornalismo. Coloco entre aspas, pois não se trata apenas de um papel, mas a palavra enseja um significado mais amplo, quer dizer “educação superior em jornalismo”. Também devemos atuar na consolidação da pesquisa e da ciência do jornalismo. Temos um acumulo significativo de pesquisa em jornalismo, comparável aos países do primeiro mundo. Em nada devemos para eles. A SBPJor edita uma revista, em inglês, com trabalhos dos pesquisadores brasileiros. Esse formato facilita a introdução desses textos no cenário mundial da ciência e do conhecimento.
E – FENAJ – Quais as principais resoluções e que balanço você faz do 10º ENPJ, realizado em Goiânia, de 27 a 30 de abril?
Gerson Martins – Conclusão geral e opinião de muitos: o 10º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo (ENPJ) foi um dos melhores encontros realizados pelo FNPJ, senão o melhor. A programação, apesar de extensa, competentemente organizada pelo Diretor Científico da entidade, professor Edson Spenthof (UFG), atendeu aos anseios dos professores de jornalismo. Tivemos uma excelente participação dos Coordenadores de Curso de Jornalismo na reunião convocada. Nos painéis sobre o Estágio em Jornalismo, Pós-Graduação Stricto-Sensu em Jornalismo, Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, além do Pré-Fórum da Fenaj houve grande participação dos docentes e estudantes, o que demonstrou o acerto do perfil da programação, que até o 9º ENPJ privilegiava os Grupos de Trabalho (GT’s).Entre as principais resoluções, posso destacar a criação de uma Comissão parar fazer a revisão das Diretrizes Curriculares da área de Comunicação, com uma proposta de se criar diretrizes específicas para Jornalismo; também a criação de uma Comissão para fazer um estudo do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – Sinaes e propor instrumentos específicos para avaliação dos Cursos de Jornalismo e ainda a proposta, sob a coordenação do Diretor Científico do FNPJ, Edson Spenthof, de se estabelecer um Programa de Regulamentação do Estágio em Jornalismo.
Quero destacar a parceria do FNPJ e da Fenaj com o lançamento do Prêmio Daniel Herz de Jornalismo. Foi a concretização de uma proposta lançada pela diretoria do FNPJ por ocasião do falecimento desse valoroso companheiro. É, sem dúvida, uma forma de perpetuar a memória do Daniel Herz e valorizar uma vida dedicada ao Jornalismo e ao ensino de Jornalismo.

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